18 de dez. de 2014

Projeto - 642 coisas sobre as quais escrever #4

Então, gente... mais um textinho para vocês, uhuuuuuull..





171 - Você acorda na estrada deitado (a) ao lado de uma bicicleta, sem memória e sem carteira. O que acontece depois?

Uma luz está batendo em meu rosto, o que me incomoda e me faz acordar. Minha cabeça dói. Espera. Eu estou... Em uma estrada? Como eu vim parar aqui? Começo a olhar para todos os lados procurando algo que me de uma pista, mas nada tem aqui por perto... Além da bicicleta jogada aqui do meu lado. Eu sei andar de bicicleta? Não vejo sinal de nenhuma pessoa.
Percebo que o sol está se pondo. E é nesse momento que percebo que não sei quem eu sou, procuro nos meus bolsos alguma carteira, mas a única coisa que encontro é um celular, que está todo quebrado. Tento levantar e encontro uma bolsa pequena perto do meu pé. Pego-a querendo encontrar qualquer coisinha que diga quem sou. Mas só tem umas roupas e um pouco dinheiro lá dentro. Eu estava fugindo? Mas de que? Espero que essas roupas sejam minhas, porque acho que vou precisar de roupas limpas.
Subo na bicicleta e vou para minha esquerda com a esperança de encontrar ajudar por lá. Como se fosse algo automático, consigo andar de bicicleta. Enquanto ando, como um flash, imagens de uma criança andando de bicicleta passam pela minha cabeça, essa criança sou eu?
A noite chega e eu percebo que estou indo em direção da lua, para o leste. Eu sei desse tipo de coisa? Não sei o que me fez perder a memória, nem o porquê, mas parte de mim sabe que tem que ir para esse lado.
Ao amanhecer, começo a ficar com fome. Pego a bolsa e procuro alguma coisa. No meio das roupas encontro um caderno e um chiclete no fundo da bolsa. Folheio o caderno que está cheio de desenhos, desenhos de animais, pessoas, lugares... Mas não tem nada escrito. Sigo meu caminho, com a mesma esperança do dia anterior que só aumentava.

9 de dez. de 2014

Conto - Cinema na terça-feira

O filme foi ótimo, minhas amigas que são manteiga derretida choram com qualquer coisinha. Resolveram ir ao banheiro pra melhorar aquela cara de choro, enquanto isso eu iria espera-las na frente do cinema. Estava pensando e vendo se o filme entraria pra minha lista de filmes favoritos quando sinto alguém pisando no meu pé.
- Desculpa. Está tudo bem?
- Está sim, obrigada.
- Ei, você não é a garota que esbarrei na se mana passada?
- Você esbarra nas pessoas sempre? Desculpe, falei sem pensar.
- Tudo bem, mas é impressão minha ou você sempre está por aqui? Eu te vi na semana retrasada.
- Sim, sempre na terça.
- Todas?
- Na maioria, mas e você? Se aconteceu tudo o que aconteceu então presumo que você está sempre por aqui também, certo? – Ele encolheu os ombros e fez que sim com a cabeça. – Então estamos quites. Desculpa, mas tenho que ir.
- Ei, você vai estar aqui semana que vem? Na terça?
- Talvez.
- Semana que vem a gente se vê então. – Eu apenas dei um sorrisinho e fui atrás das meninas.
Na semana seguinte, não deu para ir ao cinema, foi uma semana muito corrida na faculdade então ficou muito apertado. Na outra semana voltei no mesmo dia e horário e o encontrei de novo, mas desta vez foi na sala. Apenas percebi sua presença quando ele perguntou se eu queria pipoca.
- O que? – Ele empurrou mais um pouco a pipoca. – Não, obrigada. – Sussurrei.
- Quando quiser pode pegar.
- Desculpa não ter vindo semana passada, fiquei enrolada.
- Tudo bem, não precisa se explicar. – Logo em seguida escutamos um “shh” e seguramos o riso.
Terminamos de assistir o filme em silencio. Gostei do filme, divertido, engraçado e tal. Pequei um pouco da pipoca dele já que eu não tinha comprado um pra mim. Quando o filme acabou eu me convidou para tomar um sorvete.
- Mas eu nem lhe conheço direito.
- Mas não é assim que começa?
- Bom argumento. Mas mesmo assim, o sorvete fica pra outro dia.
- Tudo bem. Até terça então?
- Até. Tchau.
- Tchau.
Passamos a nos encontrar toda terça-feira no cinema, íamos dez minutos antes só pra ficar conversando. Trocamos números de telefone e umas duas semanas depois eu aceitei ir tomar um sorvete com ele. Algum tempo depois começamos a namorar, estamos juntos há sete meses e estamos muito felizes juntos. Sempre indo ao cinema na terça, para não perder o costume.


4 de out. de 2014

Projeto - 642 coisas sobre as quais escrever #3


Bom acabei criando uma personagem pra dizer o que faria, na verdade o que eu penso que faria. Com não tenho mais o que falar aqui, fiquem com texto:






140 - Você está conversando com uma pessoa que está mentindo, e você sabe disso. O que fará? Confrontá-la ou deixará a pessoa continuar?



"Toca a campainha e Mariana foi abrir a porta e lá estava seu melhor amigo, Alec.
- Oi, doidinha.
- Oi, chato.
- Como você tá? - Alec pergunta preocupado.
- Bem. Por que essa preocupação toda?
"Ela ainda não sabe? Droga não queria contar, mas ela não gostaria de saber que eu não a contei nada.", pensou Alec.
- Então você não tá sabendo de nada, né?
- Sobre...? Vão fazer uma festa surpresa pra mim? Um presente surpresa? Alguma surpresa? Você sabe que eu odeio surpresas, ainda mais quando deixam escapar. Odeio ficar curiosa. Você quer alguma coisa? Porque eu to morta de fome. - Falou indo em direção a cozinha e ele a seguiu.
- Como sempre, né? - E os dois riram. - Mas falando sério, não é nada disso.
- Então é o que?
Ele ficou calado, ficou pensando em o quão triste ela ficaria ao saber disso, mas ele percebeu que não era obrigação dele falar e sim do Breno.
- Você já falou com o seu namorado hoje?
- O Breno me ligou hoje de manhã e pediu pra vir aqui, por que?
- Nada. O que vocês conversaram?
- Que isso? Quer saber tudo que eu faço com ele agora?
- Não. Eu só... Só estou curioso.
- Curioso por quê? Não tem motivo. O que eu faço ou deixo de fazer ou falar com o Breno deveria importar só a mim e a ele. Você não acha?
- Sim. Você tem razão.
- Por que você perguntou do Breno? Você nem gosta dele.
- Seu namorado é um idiota mesmo. Perguntei por curiosidade. - Ela para de comer e fica olhando pra ele. - O que foi?
- Você tá muito curioso, senhor Alec.
- Que? Ser curioso agora é pecado, senhorita Mariana?
- Não, só estou estranhando.
- Estranhando por quê?
- Ser curioso não é do seu fetiche... É do meu.
- Então, Senhorita Curiosa...
- Ih, já vai começar.
-... Que tal eu fazer cocegas por um longo tempo em você.
- Não, Alec. Sai. Não chega perto, sai.
- Não adianta correr, eu vou te pegar.
- Alec, não. Socorro!!
E os dois saíram correndo dentro da casa da Mari. Depois de um tempo rindo que nem loucos e ficaram assistindo televisão até a hora de Alec ter que ir embora.
- Ei, já tá na minha hora.
- Ai, não. Fica aqui comigo. Não quero assistir esse filme sozinha, eu vou ficar com medo.
- Mas é medrosa. É só não assistir, ou chama alguém para vir aqui assistir com você.
- Não, sem você não tem graça. Você tira todo o medo com suas piadas.
- Mas eu não posso me atrasar hoje, tenho um trabalho pra entregar. Faz assim, pausa o filme, só não pode esquecer a parte em que paramos, e amanhã a gente termina, tá bom? - Ela apenas assentiu e ele se levantou para ir embora.
- Não. Não me largue aqui. Vou morrer. - Ela se fingiu de morta.
- Deixa de ser boba e vem logo me levar até a porta, como sempre. - Ele falou rindo da sua dramaturgia toda.
- Está bem. - E ela o levou até a porta. - Ei.
- Sim?
- Se você iria me contar sobre o Breno eu já sei. Ele veio está manhã porque eu tinha pedido e terminei com ele.
Ele voltou e a abraçou.
- Desculpa não ter te contado, mas eu achei que ele deveria te contar. Ele deveria ser homem o suficiente para te fala sobre a traição. Como você soube?
- Eu vi. - Ela falou segurando o choro que não caia desde a noite anterior.
- Olha pequena, não fica assim. Ele não te merece, tá?
- Confesse você só tá falando isso para que eu possa me sentir melhor. Porque se for assim, ninguém merece ninguém.
- Concordo, mas ele não merece nem a sua respiração na direção dele.
- Você já pode falar "eu te avisei" eu aguento juro.
- Mas eu nunca falei nada. Só disse que ela era um idiota que pega toda garota que passa na frente dele.
- Acabou de dizer.
Eles ficarão abraçados por mais um tempo.
- Acho que não vou mais, você deve estar precisando de chocolate e sorvete.
- Preciso, mas acho que comi demais na noite passada. O tempo voa e eu não vou me prender a um passado ruim, certo? Certo. E você, senhor sentimental, vai sim, beleza? Você tem um trabalho para entregar. Vai e volta pro filme amanhã.
- "Senhor sentimental"? O que? Fui sentimental não, moça. To indo. Fica bem, pequena. E ele beijou a testa dela.
- Porque eu não gosto de você mais do que eu amigo? Você me faria bem.
- Você também me faria bem.

E ele entrou no carro e foi pra sua casa se arrumar. E ela pegou mais um pote de sorvete e foi tentar dormir mais cedo. Uma tentativa em vão, não posso deixa de citar." 

27 de set. de 2014

Projeto - 642 coisas sobre as quais escrever #2

 Continuando com o projeto (sei que demorei pra postar de novo. Mas a preguiça reina e a criatividade nem tanto). Escolhi o sorteador para ficar um tanto que diferenciado dos outros blogs que também estão fazendo esse projeto (e tem alguns que gostei bastante). Bom no sorteador deu o numero 214, então lá vai:
214 - O que pode acontecer em 1 segundo?
 "Um segundo. Em um segundo pode acontecer uma trocar de olhares, um sorriso sincero, um adeus saudoso. Para se apaixonar leva menos que um segundo, um quinto de segundo mais especificamente, ou seja, em um quinto de segundo seu cérebro pode ativar 12 áreas diferentes e liberar várias substancias.
 Um motorista, por um segundo, pode se distrair e perder o controle e morrer, ou até não ver alguém atravessando a rua e atropela-la, ou até mesmo essa pessoa se distraiu e não parou para ver se vinha carro e foi atropelada.. e por um segundo um bandido pode estar assustado, ou por reflexo, pode atirar em alguém...
 Nem todo mundo valoriza 1 segundo. Podem valorizam 1 hora, 1 dia, 1 mês, mas 1 segundo? As pessoas não valorizam muito. Nesse pequeno tempo, muitas coisas podem acontecer e/ou podem ser evitadas. Precisamos valorizar cada segundo ao lado de alguém que gostamos, fazendo o que gostamos de fazer, entre outras coisas, pois isso vai de cada pessoa.
Não se esqueça, valorize aquele segundo, pois ele pode não acontecer novamente."

20 de ago. de 2014

Projeto - 642 coisas sobre as quais escrever #1


Tava com bloqueio então eu não tinha o que postar aqui, mas isso vai mudar agora (ou nem tanto, mas ok.). Achei que nas férias eu iria escrever mais, só que a internet chamou um pouco minha atenção e quando eu tentava escrever não ficava lá essas coisas ou nem sai. Enfim..
O projeto se chama 642 coisas sobre as quais escreverEu vi o projeto no blog Incontroláveis Palavras, o qual eu encontrei em um grupo do Facebook. Eu achei o projeto superinteressante então resolvi participar.
São 642 coisas leves e descontraídas para escrever e eu pretendo escrever uma por semana, mais ou menos (se eu não consegui pelo menos eu tentei...) ou quando der mesmo. Se você quiser saber mais sobre o projeto e participar é só acessar a página do projeto no Facebook clicando aqui e logo após em participar.
Só mais uma coisa, na página no Facebook estará disponibilizado a lista com todos os temas (a lista ainda não ta terminada, mas por que a presa, né?). Enfim... Agora sim eu acabei de falar, fiquem com meu primeiro desafio: 
1 - Descreva a sua aparência física (na terceira pessoa), como se você fosse uma personagem de livro.
"Eu sempre a vira sentada no banco da praça com um livro e/ou um caderno, com fones de ouvido e a sua bolsa de sempre. Uma menina de cabelos castanho claro, quase loiros, branca, mas só pouco queimada pelo sol, alta pra sua idade, seus olhos eu não consigo ver bem, seu cabelo sempre ta na frente do rosto e ela fica com a cabeça abaixada, mas pelo pouco que vi pareciam ter duas cores indefinidas e ela usa óculos. Eu me encantei pelo seu jeito simples de ser, ela parece tão frágil, mas ao mesmo tempo tão forte. Ela se veste de um jeito discreto, como se não quisesse que a percebam ao passar, anda a passos largos e rápidos. As vezes ela sorri ao escrever e sorri ao ler. Ela para de ler ou escrever e observa o por-do-sol e depois vai embora, sempre fica até esse horário. Sua expressão muda, não fica mais com uma expressão de sonhadora... é como se ela percebesse que tem que voltar pro mundo real, muda para uma cara mais séria, e ela se vai... todos os dias e eu sempre espero pelo outro dia só para vê-la outra vez."

15 de jun. de 2014

{Especial Dia dos Namorados} Conto - Um menino e quatro amigas

Minha mãe me deixou no shopping e foi pra casa, hoje vou dormir na Clara, minha melhor amiga. Resolvi ligar pra ela para saber onde elas estão... Praça de alimentação, comecei andar na direção da praça. Ao dobrar na entrada da praça esborrei em alguém.
- Desculpa. – Falamos juntos.
Quando levanto a cabeça e vejo quem é, percebo que é o garoto que a Katherina (outra amiga) gosta, na verdade ela o acha bonitinho, fato que não posso contradizer, mas ela vive dizendo que gosta dele. Se for contar de quantos garotos ela já “gostou”... Ele falou alguma coisa que não entendi.
- O que? Desculpe não entendi.
- Perguntei se você estava bem.
- Ah sim. Estou bem, obrigada.
- Você estuda na mesma escola que eu, né?
- Sim...
- Por isso seu rosto me é familiar.
- Pois é, bom tenho que ir. Nos vemos lá na escola então.
- Tudo bem, tchau.
Apenas acenei e fui ao encontro das meninas que havia visto logo que ele saiu da minha frente. Elas estavam falando de algo muito empolgante, principalmente a Yasmin, aquela adora uma fofoca.
- Pois é eu e a Katherine vimos os dois juntos, conversando. – Eu a ouvi dizendo quando cheguei mais perto da mesa.
- Quem estava conversando com quem? – Falei me sentando.
- Você com o Patrick. – Falou a Clara. Em resposta, apenas revirei os olhos.
Katherine estava calada. Não acredito que ela estava chateada comigo por causa daquilo. Garota ciumenta, ela nem está namorando com ele pra ter tudo isso de ciúmes, imagina quando estiver.
- Katherine? – Ela olhou pra mim. – Vai ficar com ciúmes por causa de uma conversa mesmo?
- E se eu ficar:
- Eu sou sua amiga, poxa. Quem vai quer uma namorada ciumenta como você? – Ela me olhou e logo em seguida sorriu, mas eu sabia que não seria tão fácil assim...
Segunda-feira na escola estava conversando com as meninas na saída quando ele veio falar comigo.
- Oi. Eu ainda não sei seu nome... Oi meninas, como vão?
- Bem. – Responderam. Apenas a Katherine que resmungou algo...
- Como você se chama?
- Luana. - Ele sorriu e ficou aquele silencio constrangedor...
- Quero falar com você, pode vim comigo rapidinho? – Assenti. Ele me levou ate as escadas. – Lua que brilha no céu sem estrelas. – O que? – Quer sair comigo?
- O que?
- Perguntei se você quer sair comigo.
- Pra onde?
- Cinema.
- Quando?
- Amanhã ou quando você puder. Pra que tantas perguntas?
- Apenas responda. Qual filme?
- Ainda vou ver.
- Então quando você souber qual filme eu lhe respondo. Tchau. – E voltei pra perto das meninas.
Ficamos conversando sobre bobagens. Elas me perguntaram o que tínhamos conversado, mas não queria falar sobre isso... No dia seguinte combinamos de ir ao shopping pra comprar os presentes do amigo secreto que vamos participar no dia dos namorados, já que não temos namorado. Fazemos isso pra recebemos um presente neste dia e nos sentirmos melhor... Quarta-feira ele voltou a falar comigo.
- Oi, oi meninas.
- E ai?
- O cinema ainda está de pé?
- Depende.
- Vamos ver aquele filme que estreou segunda, que tal?
- Não.
- Por quê? Não gostou da escolha?
- Gostei, mas não quero sair com você.
- Por quê? Todas querem.
- Eu não sou todas. – Sai de perto dele e ele foi pro outro lado.
Ele continuou falando comigo todos os dias, falava com as meninas também... Ele e a Katherine começaram a namorar, mas durou apenas quatro meses e qual foi o motivo da separação? O ciúme dela. Eu avisei, mas ela não quis escutar... Oito meses depois do termino deles ele me pediu em namoro na frente das meninas. Eu olhei pra elas, não sabia o que responder, eu já gostava dele mais do que amigo, mas mesmo assim... Mas acabei aceitando, não tinha nada que nos prendesse... Estamos juntos a um ano e 3 meses e estamos muito felizes.

14 de jun. de 2014

{Especial Dia dos Namorados} Conto - O ultimo encontro antes de tudo começar

O voou dela vai partir em alguns minutos e eu ainda não encontrei uma vaga nesse maldito estacionamento, ou será que eu deixei passar uma vaga? Graças, achei. Desci do carro e fui correndo aeroporto adentro, mas quando cheguei ao portão de desembarque eu não a encontrei e tinha um avião subindo. Havia perdido a festa de despedida dela e a ultima vez que eu poderia vê-la.
- Gustavo?
Ao ouvir aquela voz, eu fiquei parado. Como ela podia estar aqui ainda, ela devia estar viajando... Mas me virei devagar e a vi, linda como sempre com os cabelos soltos, com a blusa que ganhou da Amanda, sua melhor amiga, com o jeans que ela mesma comprara, a bota que sua mãe lhe dera e, o que mais me surpreendeu, a jaqueta que eu lhe dei no dia de seu aniversario, mesmo depois de ter ido embora e a deixado aqui, magoada comigo.
Corri em sua direção, mas parei não sabia o que esperar dela. Havia falado com ela, mas ela sempre me respondeu friamente.
- Oi.
- Oi – Ela respondeu. Fiquei sem saber o que fazer, mas ela me abraçou. – Senti sua falta. – Eu a abracei e comecei a girar com ela. Ela riu, quanta saudade desse riso que eu senti...
- Senti muito a sua falta. – Disse parando. – Mas e o seu voou? Você o perdeu?
- Não, credo. O voou está atrasado meia hora.
- Então eu tenho meia hora pra me despedir de você e te dizer uma coisa muito importante.
- O que é?
- Qual seu numero?
- Não acho isso tão importante, mas sim. Continua o mesmo.
- Não é exatamente isso...
Sentamos em um dos bancos e começamos a conversar, relembrando dos velhos tempos. O tempo passa e apenas percebemos isso quando o voou dela é chamado, e eu percebi que teria pouco tempo para dizer muitas coisas... Que podem ser ditas com apenas umas palavras.
- Nossa, o tempo passou e eu nem percebi... – Ela falou cortando meus devaneios.
- Nem eu...
- Você tinha algo pra me contar?
- Vai se despedir, eu já conto. – Ela assentiu e foi.
Resolvi por meu plano em pratica. Peguei meu telefone e mandei uma mensagem pra ela. Seu celular tocou. Ela o pegou e leu. Ao ler, olhou surpresa pra mim, veio correndo em minha direção e me beijou. Ela me largou e me deu um tapa, eu olhei pra ela sem entender o porquê disso e ela riu.
- Por que você demorou tanto?
- Eu não sei.
E a agarrei pra mais um beijo... Mas ela teve que ir, eu não queria que ela perdesse a oportunidade da vida dela por mim, eu ainda prometi que iriamos nos encontrar novamente e em breve... O que é verdade, eu vou pra lá trabalhar no segundo semestre...

{Especial Dia dos Namorados} Conto - Um dia inesquecível

Ele marcou aqui, na praça. Hoje é o dia dos namorados, ele disse que iria fazer uma surpresa. Ele sabe que eu odeio ficar curiosa e ainda fica fazendo suspense dizendo que não terá nada na praça, que aqui é apenas um ponto de encontro...
- Oi. – Falou chegando por trás e tapando meus olhos. Nem preciso parar pra pensar quem seria a pessoa, a voz dele é inconfundível.
- Oi. E a surpresa? – Falei muito curiosa.
- Ela vai ter que esperar só mais um pouquinho.
- Isso não vale.
- Vale tudo pra te ver assim toda curiosa.
Fiquei vermelha, mas começamos a passear pela praça. Ficamos uma hora por lá, eu fiquei uma hora com pura curiosidade...
- A surpresa é pra hoje ainda?
- Calme sua curiosa. Estou esperando uma mensa...
E o celular dele tocou interrompendo-o, indicando que havia chegado uma mensagem... Que mensagem será essa?
- Vamos.
- Pra onde?
- Para onde sua surpresa está... Ou você não quer ir?
- Claro que quero, vamos.
Fomos a pé mesmo... Depois de um tempo eu percebi que estávamos indo na direção da casa dele...
- Mas... Se estamos indo pra sua casa, por que você não marcou comigo lá?
- Lembrada da mensagem? – Assenti. – Estavam me dizendo que já podíamos ir pra casa e que estava tudo pronto.
- Como assim tudo pronto? Foi por isso que você enrolou na praça;
- Sim...
- Você podia ter dito assim eu não teria feito tantas perguntas de quando você iria me mostrar à surpresa...
- Sem problemas... Chegamos.
- Então por que paramos?
- Porque preciso colocar isso aqui em você antes. – Disse me mostrando umas vendas.
- Por quê?
- Por que se não você vai perceber aonde vamos, mas vou colocar na porta de onde vamos ficar...
E ele começou a ir em direção ao portão e apertou o interfone e o portão se abriu.
- Boa Tarde.
- Boa Tarde, senhor.
E subimos, quando entramos no apartamento dele tinha flor e velas pelo chão eu achei tudo muito lindo, mas ele disse que iria colocar a venda. Eu já conhecia de cor a apartamento, mas eu estava indo na direção de uma sala que ele disse que estava fazendo pra mim, mas nunca me deixara ver o que teria lá dentro...
- Cuidado com as escadas... – Ele sussurrou no meu ouvido.
Fomos bem devagar pelas escadas, quando chegamos lá em cima eu senti o cheiro de flores, mas não sabia o porquê, as flores que estavam no chão no estava tão forte... Paramos.
- Pronta?
- Sempre.
E ele tirou as vendas, meus olhos demoraram um pouco pra se acostumarem com a claridade do local, mas logo percebi que estávamos em uma estufa. Tinha muitas flores, mas quando olhei pra minha direita tinha um lugar só de tulipas, minhas flores preferidas...
- Nossa! Então era isso que você estava fazendo aqui em cima? – Falei indo em direção das tulipas
- É, gostou?
- Seu eu gostei? Eu amei. – E corri pra ele e o abracei. – Você é um bobo.
- Vem comigo. – Ele pegou minha mão e me guiou até mais a frente onde tinha uma área de ao meio da estufa. – Nosso piquenique do Dia dos Namorados, como você disse que queria há três anos...
- Você lembra.
- Como poderia esquecer do dia em que te conheci?
Comemos e brincamos um com o outro, damos umas voltas na estufa para que eu possa vê-la. Quando deu dezoito horas, estávamos na parte de fora da estufa, sentados em um banco calados (quando ele comprou o apartamento já tinha este banco lá) até que ele se virou pra mim e quebro o silencio.
- Preciso te perguntar uma coisa.
- Então pergunta... – Falei olhando o pôr-do-sol que estava começando.
- Você quer vim morar comigo, aqui?
- Sabe, eu queria que você me fizesse essa proposta...
- Vou aceitar como um sim... Mas preciso fazer outra pergunta. – Fiquei em silencio esperando a pergunta, mas ainda sem olhar pra ele. – Casa comigo? – Disse me entregando uma caixinha azul...
Olhei surpresa pra ele, eu nunca tinha pensado nisso. Eu fiquei sem palavras, eu queria falar, mas não conseguia. E as lagrimas começaram a cair...
- Você está chorando? Por que você está chorando? Você nunca chora na frente das pessoas. – Disse ele limpando as poucas lagrimas que caíram.
- E que... Eu não sei que dizer.
- Talvez um “sim”? Eu iria gostar dessa resposta.
- Você é um idiota. – Disse rindo e o abraçando.
- E então? Eu quero ouvir a resposta...
Eu peguei a caixa e abri, um lindo anel estava lá nada muito chamativo como deveria ser... Então eu o peguei e coloquei no dedo.
- Mais é claro que sim.
- Eu te amo.
- Eu te amo mais.
Ele me pegou me colo e começou a me girar, nos beijamos e nos abraçamos. E eu lhe disse que deveria pegar minhas coisas em casa já que eu vou me mudar pra lá, então fomos pra casa e peguei apenas algumas coisas e disse para minhas amigas e colegas de apartamento que iria morar com ele e que depois voltaria pra pegar o reto das minhas coisas e elas nos desejaram que fossemos muito felizes...

15 de mai. de 2014

Conto - Estrela

Não acredito que me meti nessa confusão. Eu estou muito nervosa. Por que eu fui apostar 
isso? Esses moleques ainda não pagar por isso.
- ISABELLY!!
Travei. Não posso ir, não posso subir naquele palco, não posso cantar pra escola inteira ouvir... Paulo me empurrou e ainda disse “apostas são apostas”, aquele idiota. A única coisa que me resta agora é terminar de subir. Disse pra banda que a musica seria Não Trocaria Um Sorvete De Flocos Por Você.
A musica começou, meu coração está quase saindo pela boca, e as palavras saíram, nesse momento meu coração nem pareceu bater. Respirei fundo e me imaginei no meu quarto, o que deu certo porque quando dei por mim a musica havia acabado e todos estavam me aplaudindo. Desci do palco para ir até o Paulo.
- Meu dinheiro, por favor. – Falei estendendo minha mão tremula.
- Toma. – Falou me entregando o dinheiro que já tinha na mão.
Adorei essa aposta! Ganhei 40 reais de 8 garotos idiotas. Ai, que felicidade! Fui andando para ir ao banheiro, mas fui um pouco difícil de chegar até lá, já que as pessoas ficavam me cumprimentando. Mas cheguei ao banheiro viva, graças a Deus! Quando estava saindo do banheiro um garoto que estava passando esbarrou em mim.
- Desculpa. Ei, você não é aquela garota que cantou agora a pouco?
- Sim.
- A musica que você cantou, eu gosto dela.
- Serio: ela nem é tão conhecida assim...
- Pois é, eu procuro musicas novas e pouco reconhecidas, principalmente brasileiras.
- Conheci ela através da minha irmã.
- Legal... Bom já vou indo, tchau.
- Tchau.
E ele se foi, passou por aquela porta cinza de ferro e se misturou com as pessoas que passavam por lá, me lembrei que nem sabia o nome dele, até tentei ir atras dele, mas foi uma tentativa em vão já que ele havia se misturada com as outras pessoas. Segunda-feira fui atras dele de novo, aquela curiosidade estava me matando... Achei!
- Oi.
- Oi. - Ele disse um pouco surpreso.
- Desculpa se estou atrapalhando, mas só queria saber o seu nome...
- Me desculpe, nem havia me lembrado disso. Prazer, Mateus. - Falou com a mão estendida. - Qual o seu nome minha estrela?
- Isabelly. - Estrela? Oi?
- Nome de estrela.
Fiquei envergonhada. Da onde ele tirou que sou uma estrela?
- Desculpe, mas minha mãe chegou. Tchau.
- Tchau, Estrela.
A partir dai nós nos falamos de vez enquanto... Ficamos amigos depois de um tempo. Amigos não, melhores amigos...

12 de mai. de 2014

Conto - Chuva

Está chovendo, muito forte. O céu está desabando sem que percebamos. Está tudo cinza, o dia parece noite. Um clima agradável até, mas ainda está muito frio e para me esquentar estou tomando tudo que é quente. Escuto batidas na porta, mas quem estaria na rua com esse tempo?
- Oi. – Ela falou tristinha.
- Karen, o que está fazendo nessa chuva? Entra. – E a puxei pra dentro.
- Onde está a Emily?
- Está com o namorado. Acho melhor você ir tomar um banho e eu vou pegar umas roupas da Mily.
- Ela não vai se importar?
 - Se for pra melhor amiga dela e se for pra essa amiga não pegar um resfriado, acho que não. Agora vai, vou deixar as roupas no quarto dela. – E ela assentiu indo ao banheiro.
Quando ela vou voltou eu tinha trago um achocolatado para ela.
- Obrigada. Você está sendo muito atencioso.
- De nada, mas... Por que estava lá fora? – Ela me olhou como se eu fosse um louco por querer saber. – é serio pode confiar em mim. A Mily confia...
- Ok. Meu namorado, quer dizer ex-namorado agora, terminou comigo. E foi justo hoje, no dia que comemoramos oito meses de namoro. Mas... Você não se importa né?
- Não, é claro que me importo, na verdade eu me importo muito com você. E só que... eu não posso acreditar que alguém pode fazer isso com você... – Pronto falei, joguei na lata mesmo...
- Ele me traiu, ele mesmo falou, não escondeu nada. E ainda disse que estava apaixonado. – Ela nem percebeu que droga, mas não vou força nada vou deixar esse tempo passar... – Posso... Posso te abraçar?
- Hum... Pode.
Depois de um tempo, ela começou a chorar, ela não havia chorado até agora. Ela é muito forte, isso que eu gosto nela.
- Desculpa. Eu não... – Falou se desvinculando do abraço.
- Que isso, pode chorar o quanto quiser. Vem cá. – E a puxei para o abraço de novo.
- Karen? O que você está fazendo aqui. – Nem havia percebido que a chuva tinha diminuído...
- Mily, ele terminou comigo.
- Ai amiga, vai lá para o meu quarto enquanto falou com o maninho.
- Ok.
- O que você estava fazendo?
- Sendo o amigo que era antes...
- Vocês praticamente não se falam ha quase três anos e agora você quer amigo dela? – Eu apenas encolhi os ombros. – Você está gostando dela!
- Eu disse pra você.
- Mas não disse que era ela...
Encolhi os ombros de novo e fui para o meu quarto, mas antes disse pra ela não dizer nada a ninguém, em especial a Karen.

8 de mai. de 2014

Crônica - Conto de fadas

Sempre foi uma garota que acreditava em finais felizes, príncipes encantados em seu cavalo branco. Mas ela cresceu e percebeu que a vida não é um faz de conta, percebeu que no amor ganhamos e perdemos. Descobriu o que ela amava de verdade. Ela amava a leitura e foi ai que começou a ler. Amava a escrita e também escrevia. Amava o cinema, a primeira paixão da sua vida. Amava a musica, mas não compõem. Espera eu estou falando com se ela não amasse mais, só que ela vai continuar amando por toda sua vida. Por que eu tenho tanta certeza? Porque ela sou eu.


- Jln

3 de mai. de 2014

Conto - Amigo virtual (2ª Parte)

Decidimos que seriamos apenas amigos. De uns tempos pra cá não nos falamos direito, esse é meu ultimo ano na faculdade e estão exigindo muito pra entrega de trabalhos. E ele terminou a faculdade ano passado, isso também exigiu muito dele, mas como eu tinha “mais tempo” do que agora dava pra falar com ele toda semana, mas agora... Acho que a ultima vez que nos falamos foi no inicio desse mês. Fui estudar arquitetura em Belo Horizonte, estou aqui a 5 anos...
Estava na minha lanchonete preferida, ela tinha um ar dos anos 60 isso que eu gostava nela, comendo um belo de um X-Burguer, quando sinto alguém cobrir os meus olhos por trás.
- Adivinha quem é. – Uma voz grossa falou, não sei porque, mas eu tenho a impressão de que conheço essa voz.
- Você poderia me dar uma dica?
- A ultima vez que nos vimos foi quando você tinha 18 anos... – Não, não pode ser. Me virei antes que ele pudesse fazer algo.
- Pedro? Pedro!
Praticamente dei um pulo da cadeira pra abraça-lo. Ficamos abraçados e rindo, eu o soltei e segurei o seu rosto, ele não tinha mudado nada, quer dizer o cabelo está mais curto, mas é só isso. Ficamos nessa posição e eu falando que estava morrendo de saudades e fazendo mil perguntas, mas depois de um tempo eu percebi que estava muito perto dele. Perto o suficiente pra sentir sua respiração. Fiquei vermelha imediatamente e percebi que ele também então o soltei.
- Senta. Há quanto tempo você está aqui?
- Estou aqui há dois dias, já. Praticamente tive só tempo livre agora. E eu me lembrei de que você disse que vinha pra essa lanchonete quando tinha tempo livre.
- E como sabia que eu viria cá hoje?
- Não sabia. Apostei na sorte e pelo visto apostei certo. – Sorri.
- Mas o que veio fazer aqui em BH?
- Não posso vir visitar minha amiga?
- Você disse há pouco tempo que estava aqui há dois dias e só teve tempo pra “visitar sua amiga” agora.
- Bom argumento.
- Obrigada.
- Acho que você devia ter feito Direito.
- Detesto Direito. Mas responde a minha pergunta.
- Estou aqui porque vim fazer umas entrevistas.
- Ará eu sabia.
- Então por que perguntou?
- Umas? Com quem?
- Dois dias de entrevistas. Isso é meio puxado.
- Quer conhecer minha incrível “casa”?
- Beleza, vamos pra sua incrível “casa”.
Fomos a pé mesmo, meu apartamento ficava a um quarteirão da lanchonete. Fomos rindo e conversando. Quando chegamos percebi que minha colega ( a Leticia) não havia chegado ainda então fui mostrar a “casa” pra ele. Mostrei os quartos, a sala, a cozinha (quem usa mais a cozinha é a Leticia, sou péssima nisso), uma área que não é muito pequena nem muito grande e por fim mostrei A Estante onde fica os livros, CD’s (maioria pertencentes a Leticia) e filmes (maioria pertencentes a mim).
- E ai? Gostou?
- Sim, o seu quarto ficou em segundo lugar.
- E o primeiro?
- A Estante.
Ficamos no sofá conversando, quando eu percebi está rolando um clima e ele foi se aproximando de mim e eu dele, até que nossos lábios se tocaram. Na minha mente começou a passar as cenas do nosso primeiro beijo. Ele foi calmo, romântico e percebi que ele não queria me forçar a fazer nada, mas eu meio que queria e ao mesmo tempo não queria. Mas escutamos um barulho de chave abrindo a porta, eu apenas me afastei um pouco dele e gritei “Está aberta” e a Leticia entrou.
- Oi, desculpa pela... Acho que você nem notou que eu demorei né?
- Ai para com isso, claro que notei. Lembra do Pedro? É ele.
- É ele? Ele é mais bonito do que você me disse!
- Pedro essa é a Leticia.
- Oi, Pedro.
- Oi, Leticia. Acho melhor eu ir. Tchau, te vejo amanhã. - Ele disse parecendo envergonhado.
- Tchau, mas aonde?
- Eu te acho por ai...
E ele passo pela porta do apartamento, deixando eu, a Leticia e suas perguntas intermináveis... Parece até que estava sendo julgada por algum crime. Eu hein!