4 de out. de 2014

Projeto - 642 coisas sobre as quais escrever #3


Bom acabei criando uma personagem pra dizer o que faria, na verdade o que eu penso que faria. Com não tenho mais o que falar aqui, fiquem com texto:






140 - Você está conversando com uma pessoa que está mentindo, e você sabe disso. O que fará? Confrontá-la ou deixará a pessoa continuar?



"Toca a campainha e Mariana foi abrir a porta e lá estava seu melhor amigo, Alec.
- Oi, doidinha.
- Oi, chato.
- Como você tá? - Alec pergunta preocupado.
- Bem. Por que essa preocupação toda?
"Ela ainda não sabe? Droga não queria contar, mas ela não gostaria de saber que eu não a contei nada.", pensou Alec.
- Então você não tá sabendo de nada, né?
- Sobre...? Vão fazer uma festa surpresa pra mim? Um presente surpresa? Alguma surpresa? Você sabe que eu odeio surpresas, ainda mais quando deixam escapar. Odeio ficar curiosa. Você quer alguma coisa? Porque eu to morta de fome. - Falou indo em direção a cozinha e ele a seguiu.
- Como sempre, né? - E os dois riram. - Mas falando sério, não é nada disso.
- Então é o que?
Ele ficou calado, ficou pensando em o quão triste ela ficaria ao saber disso, mas ele percebeu que não era obrigação dele falar e sim do Breno.
- Você já falou com o seu namorado hoje?
- O Breno me ligou hoje de manhã e pediu pra vir aqui, por que?
- Nada. O que vocês conversaram?
- Que isso? Quer saber tudo que eu faço com ele agora?
- Não. Eu só... Só estou curioso.
- Curioso por quê? Não tem motivo. O que eu faço ou deixo de fazer ou falar com o Breno deveria importar só a mim e a ele. Você não acha?
- Sim. Você tem razão.
- Por que você perguntou do Breno? Você nem gosta dele.
- Seu namorado é um idiota mesmo. Perguntei por curiosidade. - Ela para de comer e fica olhando pra ele. - O que foi?
- Você tá muito curioso, senhor Alec.
- Que? Ser curioso agora é pecado, senhorita Mariana?
- Não, só estou estranhando.
- Estranhando por quê?
- Ser curioso não é do seu fetiche... É do meu.
- Então, Senhorita Curiosa...
- Ih, já vai começar.
-... Que tal eu fazer cocegas por um longo tempo em você.
- Não, Alec. Sai. Não chega perto, sai.
- Não adianta correr, eu vou te pegar.
- Alec, não. Socorro!!
E os dois saíram correndo dentro da casa da Mari. Depois de um tempo rindo que nem loucos e ficaram assistindo televisão até a hora de Alec ter que ir embora.
- Ei, já tá na minha hora.
- Ai, não. Fica aqui comigo. Não quero assistir esse filme sozinha, eu vou ficar com medo.
- Mas é medrosa. É só não assistir, ou chama alguém para vir aqui assistir com você.
- Não, sem você não tem graça. Você tira todo o medo com suas piadas.
- Mas eu não posso me atrasar hoje, tenho um trabalho pra entregar. Faz assim, pausa o filme, só não pode esquecer a parte em que paramos, e amanhã a gente termina, tá bom? - Ela apenas assentiu e ele se levantou para ir embora.
- Não. Não me largue aqui. Vou morrer. - Ela se fingiu de morta.
- Deixa de ser boba e vem logo me levar até a porta, como sempre. - Ele falou rindo da sua dramaturgia toda.
- Está bem. - E ela o levou até a porta. - Ei.
- Sim?
- Se você iria me contar sobre o Breno eu já sei. Ele veio está manhã porque eu tinha pedido e terminei com ele.
Ele voltou e a abraçou.
- Desculpa não ter te contado, mas eu achei que ele deveria te contar. Ele deveria ser homem o suficiente para te fala sobre a traição. Como você soube?
- Eu vi. - Ela falou segurando o choro que não caia desde a noite anterior.
- Olha pequena, não fica assim. Ele não te merece, tá?
- Confesse você só tá falando isso para que eu possa me sentir melhor. Porque se for assim, ninguém merece ninguém.
- Concordo, mas ele não merece nem a sua respiração na direção dele.
- Você já pode falar "eu te avisei" eu aguento juro.
- Mas eu nunca falei nada. Só disse que ela era um idiota que pega toda garota que passa na frente dele.
- Acabou de dizer.
Eles ficarão abraçados por mais um tempo.
- Acho que não vou mais, você deve estar precisando de chocolate e sorvete.
- Preciso, mas acho que comi demais na noite passada. O tempo voa e eu não vou me prender a um passado ruim, certo? Certo. E você, senhor sentimental, vai sim, beleza? Você tem um trabalho para entregar. Vai e volta pro filme amanhã.
- "Senhor sentimental"? O que? Fui sentimental não, moça. To indo. Fica bem, pequena. E ele beijou a testa dela.
- Porque eu não gosto de você mais do que eu amigo? Você me faria bem.
- Você também me faria bem.

E ele entrou no carro e foi pra sua casa se arrumar. E ela pegou mais um pote de sorvete e foi tentar dormir mais cedo. Uma tentativa em vão, não posso deixa de citar." 

Nenhum comentário: