O
dia estava lindo, alaranjado da cor do pôr-do-sol, voltei a ver a parte do dia
que mais gosto como antes, antes dele e depois que meu coração se curou. Porque
eu não ouvi as pessoas que realmente se importam comigo, elas me avisaram
tanto... Posso dizer que, aqui sentada na areia de frente para o mar e esse
pôr-do-sol maravilhoso, já não sinto mais o que “sentia” por ele. Me iludiu me
fez pensar que sentia algo por ele na verdade eu sinto, mas não é nada
positivo.
Agora
vou apenas observar o pôr-do-sol , aproveitar a beleza desse céu e pensar em
mais nada. Só observar.
-
Oi.
Alguém
sentou-se ao meu lado e olhei assustada para ele, porque ele sempre tem que
fazer isso? Mas confesso que senti sua falta. Senti falta da única pessoa que
me faz rir do nada, meu melhor amigo.
-
Posso te perguntar uma coisa?
- Já
perguntou. – Senti falta da sua infantilidade também confesso.
-
Posso fazer outra além dessas duas?
-Faz.
-
Por que você sempre faz isso?
- Te
assustar? – Assenti. – Porque seus olhos ficam mais lindos quando assustados.
-
Odeio quando você me deixa vermelha.
- E
eu amo. – Fiquei mais vermelha. Ficamos por um tempo calados apenas observando
os últimos raios do sol quando ele voltou a falar. – E o coração? Ainda
machucado pelo...
-
Não, eu até voltei a sorrir pro sol nesse horário. E não fala esse nome
proibido para as minhas lembranças, por favor.
Agora
o céu está estrelado, está lindo também, ficamos apenas observando até que eu
quebrei o silencio.
-
Você já sofreu por amor?
-
Sim.
-
Por quem e quando? – Perguntei toda curiosa, não acredito que ele não me contou
dela...
Ele
demorou um pouco a responder, mas respirou fundo e falou:
-
Por você, quando começou a namorar aquele cara. –Falou olhando para frente,
olhando para o horizonte.
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